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Muito além do arco-íris

Orgulho Gay.jpg

Foto: Internet


 
Ledo engano de quem ainda pensa que a comunidade LGBT só se manifesta e tem espaço nas realizações das 'Paradas' que acontecem em várias capitais daqui do Brasil e do mundo. Hoje, 28 de junho, se você ainda não sabia ou talvez não lembrasse, é o "Dia Nacional do Orgulho Gay e da Consciência Homossexual".
A data entrou em vigor aqui em 'terra brasilis' no ano de 2003, mas já era fortemente comemorada em outras partes do planeta. Tudo teve início nos Estados Unidos, em 1969, quando homossexuais cansados da repressão reagiram contra a polícia nova-iorquina que invadiu um bar conhecido pela frequência gay de nome Stonewall-Inn
Stonewall era um bar frequentado por gays, lésbicas e travestis em Nova York, que se destacava dos outros por permitir que os casais de mesmo sexo dançassem à vontade. É claro que, como todos os outros bares do género da cidade, Stonewall estava sujeito a ocasionais rusgas policiais sob um pretexto qualquer. Durante essas rusgas, os polícias além de fechar o estabelecimento, curiosamente, levavam presos todos os homens ou mulheres que estivessem travestidos.
No dia 28 de junho de 1969 o bar Stonewall foi local de mais uma rusga policial e todos os travestis que se encontravam no bar foram presos. Mas, ao contrário das outras vezes, as pessoas resolveram resistir, em solidariedade com os presos. O clima foi ficando cada vez mais tenso. Gays e lésbicas de um lado e polícias do outro. E travestis, presos.
No dia seguinte os polícias voltaram ao bar. Mas a multidão de gays, lésbicas e travestis também voltou mais organizada, com uma atitude mais política, e alguns começaram a pichar frases nas vitrines e nas paredes, reclamando direitos iguais. Outros gritavam exigindo o fim das rusgas nos bares gays. Novamente a multidão atirou pedras e garrafas em direcção aos polícias e mais uma vez a polícia investiu contra os manifestantes.
Os homossexuais contaram com a solidariedade dos habitantes locais e tudo só acabou com a decisão do Presidente da Câmara de acabar com a violência policial.
No terceiro dia, um domingo, as coisas pareciam ter voltado ao normal e o bar Stonewall foi reaberto. Os seus clientes habituais voltaram, a polícia deixou-os em paz por um tempo e as notícias dos jornais diários passaram a ser outras.
Foi assim que nasceu o 'Dia do Orgulho Gay', coincidentemente, no mesmo dia em que morreu Judy Garland, ícone máximo da comunidade gay que, em "O Feiticeiro de Oz", sonhava com um mundo melhor, além do arco-íris.
O simbolismo da data cruzou fronteiras e chegou aqui. Então, aproveite para por a mão na consciência e - por que não? - comemorar!