(Foto: Melissa Warwick)
Com um repertório que faz parte da história de um dos mais importantes grupos de cultura popular sergipana, Nadir da Mussuca e o Samba de Pareia lançam, na próxima quinta-feira, dia 30 de maio, um EP inédito, com cinco faixas que partem de uma seleção das principais canções do grupo. A iniciativa foi viabilizada com recursos da Lei Aldir Blanc de 2020, pela Funcap-SE e foi produzida pelo músico e produtor musical sergipano Dudu Prudente, com coprodução do percussionista e pesquisador Pedrinho Mendonça, e será lançado pelo selo Aláfia Cultural/YbMusic com coordenação executiva e realização da Longe Produções Artísticas.
O EP Nadir da Mussuca e o Grupo Samba de Pareia será lançado em todas as plataformas digitais, como prévia do álbum 'Nadir da Mussuca', com lançamento previsto para o dia 25 de julho deste ano. O repertório é uma seleção desse importante grupo de cultura popular de Sergipe do povoado quilombola Mussuca, fincado no município de Laranjeiras (SE), criado há mais de 300 anos por pessoas que trabalhavam com a cana-de-açúcar e na mineração, em celebração aos nascimentos na comunidade.
"O Samba de Pareia é de grande importância para minha vida e para a minha comunidade Mussuca, onde nasci e me criei. Ele está no nosso dia a dia, nas celebrações dos nascimentos e nas festas populares. Sou muito grata ao Grupo Samba de Pareia, que me dá a oportunidade de mostrar o meu canto e a minha arte para Sergipe e para o mundo", afirma Nadir da Mussuca.
Com o passar do tempo, o grupo Samba de Pareia da Mussuca passou a ser formado exclusivamente por mulheres e resiste até hoje graças ao empenho e o amor à cultura por parte das suas integrantes, representadas por Cecé (administradora) e a mestra Nadir da Mussuca, que faz a linha de frente, cantando, dançando, compondo novas músicas e mantendo viva a tradição para as próximas gerações.
O processo de gravação foi dividido entre sessões ao vivo no Orí Estúdio (Aracaju-SE) e na Mussuca, no quintal de Dona Nadir, com estúdio móvel. O EP também conta com as participações especiais, das cantoras Patricia Polayne, Jaque Barroso e do cantor e compositor Moreno, nos coros.
“Este projeto tem a função de registrar e documentar o legado da mestra Nadir da Mussuca e a sua importância para a cultura e para música enraizada na diáspora afro-brasileira, enquanto alicerce na construção deste gênero tão importante que é o samba, assim como evidenciar toda a riqueza cultural que existe na Mussuca”, concluiu Dudu Prudente.