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Reciclando as sobras

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foto: ONG TemQuemQueira


 
Em tempos tão bicudos e caóticos, é muito satisfatório saber que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deixaram saudades na população do Rio de Janeiro, mas que o seu legado social ainda continua. Prova disso é que mais de três mil metros quadrados de lonas usadas em palcos, totens, contêineres de informações e de outros itens de sinalização e mobiliário urbano do Boulevard Olímpico foram transformados pela ONG "TemQuemQueira" em mil bolsas, utilizando mão de obra formada por detentos e moradores de comunidade do município. Com essa maravilhosa ideia, a ONG evitou que este material fosse destinado ao lixo, além de assegurar oportunidade de trabalho e renda para esses cidadãos.
Antes de serem reaproveitadas, as lonas vinílicas recebem tratamento especial: são lavadas, escovadas e desdobradas, ficando adequadas para manipulação e posterior transformação em peças, como bolsas, revisteiros, sacolas, cachepôs, jogos americanos, 'nécessaires', porta-documentos.
Segundo informou a fundadora da ONG, Adriana Gryner, 70% das pessoas que produzem o reuso das lonas são homens e mulheres detentos, dos quais em torno de 80% foram presos por envolvimento com o tráfico de drogas. Todos são remunerados de acordo com o sindicato da indústria têxtil. A média salarial é R$ 1,2 mil por mês por pessoa envolvida na produção. Salve, salve!