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Cá Entre Nós - Lady Zu

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(Foto: Divulgação)


 
"A noite vai chegar, meu pensamento está tão longe...". Tenho certeza que muitos cantarolaram esta música que nos idos da década de 1970, marcou a vida e jogou muitos notívagos nas pistas, todos embalados pela febre das "Discotecas" que invadiu o mundo, fazendo todo mundo chacoalhar freneticamente. A intérprete desse grande sucesso da época que tomou conta das pistas do movimento "Disco" em todo o país, responde pelo nome artístico de 'Lady Zu'.
Filha de pernambucanos, 'Lady Zu', nasceu em São Paulo e desde pequena já demonstrava aptidão e talento para área artística. Ao perceber que a pequena 'Zu' gostava de brincar de artista, seu pai resolveu levá-la aos estúdios da "TV Cultura" para se apresentar no programa de talentos infantis "O Dois É Nosso". Sua primeira interpretação foi o samba "Triste Madrugada", da autoria de 'Jorge Costa'.
'Lady Zu', na época 'Zuleide Santos Silva', fez aulas de canto dos 10 aos 13 anos, quando seguiu se apresentando em programas infantis do rádio e da televisão e em bailes na periferia de São Paulo. Mais tarde, ela trabalharia como bancária, escriturária e até locutora do Mercado Municipal da Lapa. Fã de Aretha Franklin e Tina Turner, fez diversos testes para crooner em casas noturnas, mas sempre era vetada por ser ainda muito jovem.
A grande chance surgiria por volta de 1975, quando 'Zu' venceu um festival de música em sua escola. Munida de uma fita cassete com covers de canções de 'Roberto Carlos' e 'Maria Bethania', 'Lady Zu' foi apresentada ao produtor 'Marcos Maynard', na época na Phonogram. 
A empatia foi imediata, mas os planos de 'Maynard' para 'Zu' passavam ao largo da MPB: a gravadora pretendia trazer para o país a febre internacional das "Discotecas".
Seu primeiro disco, um compacto simples com a música "A Noite Vai Chegar", (de Paulinho Camargo), tornou-se um hit instantâneo nas rádios e nas pistas de dança de todo o país. O sucesso foi incluído na trilha sonora da novela "Sem Lenço, Sem Documento", da Rede Globo, o que, por si só, era um feito e tanto para uma cantora nova. ‘‘Tocava de Norte a Sul. Era superlegal porque todos dançavam, blacks e brancos. Isso era chiquérrimo e verdadeiro’’, relembra ela.
As milhares de cópias vendidas do compacto despertaram o interesse da gravadora Phonogram para lançar o primeiro LP da cantora o mais rápido possível. O álbum, devidamente intitulado "A Noite Vai Chegar", continha 12 músicas com estilos que variavam da disco music ao funk, soul e romântico. Esse disco é considerado atualmente um dos expoentes da soul music brasileira, juntamente com trabalhos de nomes como 'Jorge Benjor', 'Tim Maia', 'Gérson King Combo' e outros.
Capturando de forma brilhante a moda das "Discotecas" da época, o LP foi muito mais além: os arranjos fundiram, de forma bem-sucedida, a fórmula sincopada da disco music com ritmos tipicamente nacionais, como o forró, o baião e, claro, samba. 
Além da faixa-título, outras músicas tornaram-se grandes sucessos e 'Lady Zu' explodiu nacionalmente, o que lhe valeu o título de "A Donna Summer brasileira", dado pelo apresentador 'Chacrinha', em referência à cantora norte-americana que, na época, era conhecida como a "Rainha das Discotecas". 
A partir do primeiro álbum, 'Lady Zu' engrenou na carreira, lançou outros discos e compactos simples, trilhas sonoras de novelas, participações especiais, além de tornar-se uma das artistas brasileiras com maior aparição nos programas musicais e de auditório da época. 
De lá pra cá, 'Lady Zu' vem emendando um trabalho no outro sendo uma das maiores referências do R&B e da Soul Music no Brasil. Em bate papo agradável com o BACANUDO.COM, 'Lady Zu' contou um pouco das suas preferências e opiniões do dia a dia. Desfrute!
 
*Meu livro - "O Diário de Ana Maria", de Michel Quoist.
*Meu filme - "Horton e o Mundo dos Quem", de Jimmy Hayward.
*Minha música - 'Daniel', com Elton John.
*Minha cidade - Rio de Janeiro.
*Minha cara - Viajar.
*Minha bebida - Cerveja.
*Minha comida - Salada.
*Minha estação do ano - O outono.
*Meu paraíso - O mundo.
*Minha fraqueza - Lembranças.
*Meu pecado - A minha língua.
*Meu vício - Não tenho.
*Meu medo - Da saudade.
*Minha flor - Tulipa.
*Meu esporte - Vôlei.
*Meu lazer - Ver meu marido cozinhar.
*Minha etiqueta - Avisar com antecedência sobre a minha visita.
*Meu cheiro - Do mar.
*Meu ídolo - Whitney Houston.
*Meu sonho - Morar na Grécia.
*Minha inspiração - O meu dom.
*Meu arrependimento - Não tenho.
*Meu compositor - 'Marku Ribas' (in memorian). 
*Meu restaurante - "Estadão Lanches", em São Paulo.
*Minha paisagem - As caatingas do Nordeste.
*Minha indiferença - Para os inimigos.
*Meu exagero - No amor. 
*Minha impaciência - Com regras. 
*Meu lugar no mundo - No topo. 
*Meu lugar na casa - Todos menos na cozinha.