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O teatro sergipano como tema

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Lourdisnete Benevides


 
“Como se aprende a fazer teatro quando não há lugar específico para ensiná-lo?” Essa foi a pergunta que 'Lourdisnete Benevides' fez em sua tese de doutorado. A resposta resultou na obra intitulada ‘A Cidade em mim’, publicada pela Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe – Edise, que será lançada nesta terça-feira, 5, às 17h, no Museu da Gente Sergipana, fincado na Avenida Ivo do Prado.
A baiana 'Lourdisnete Benevides', que confessa ser muito ligada em história e memórias, é Doutora em Educação (PPGED/UFS), Mestra em Artes Cênicas (PPGAC/UFBA), formada em Direção Teatral (UFBA) e, também é professora e coordenadora do Departamento de Teatro da UFS.  Sua preocupação em pesquisar sobre o tema foi para investigar como se deu a formação teatral de Aracaju quando ainda não existia lugar universitário onde se pudesse estudar teatro (o curso foi instalado em 2007 na Universidade Federal de Sergipe - UFS).
Ela se encantou com a cultura sergipana quando passou sete anos morando no bairro Cirurgia, em Aracaju. E é daí que surge o nome de sua obra. “A cidade entrou na minha vida nesses sete anos, pois conheci muito da cultura de Sergipe e muitas pessoas interessantes nesse período. Entrevistei pessoas direta e indiretamente e consegui levantar uma memória não apenas do teatro local, mas da própria cultura sergipana, o que é ser sergipano, o que é essa sergipanidade”, afirma.
Sua tese foi orientada pelo pesquisador francês Bernard Charlot e, o que interessava à autora, era estudar a construção dos saberes nas relações entre as pessoas e a formação não formal e informal do teatro, o que estava fora da academia. “Minha intenção era criar uma referência bibliográfica para o próprio curso sobre o teatro sergipano. Nós temos a disciplina sobre a sua história em âmbito universal, nacional e não tínhamos sobre a história dele aqui em Sergipe. Então pensei em trabalhar nesse campo que estava em aberto”, comenta.