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Seis alimentos da mesa de Natal que podem intoxicar cães

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Festas de fim de ano combinam com mesa farta e, com tantos pratos à disposição, é comum que tutores tenham vontade de 'incluir' os pets na celebração. Porém, o que parece um gesto de carinho pode colocar a saúde do animal em sério risco. A professora doutora de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabiana Volkweis, alerta que diversos ingredientes tradicionais da ceia são perigosos para cães e gatos, podendo causar intoxicação severa, anemia e até lesão renal.
 
“Tratar o animal como se fosse humano é muito perigoso. Cada espécie tem suas necessidades e particularidades”, ressalta a veterinária. Ela lembra que a tentação de 'abrir exceções' é maior em datas festivas e isso pode resultar em emergências veterinárias: “Nesses períodos, os tutores tendem a relaxar nos cuidados, mas pequenas permissões podem ser muito prejudiciais para a saúde do animal”.
 
Seis alimentos que cães não devem ingerir:
 
1 - Cebola: Contém componentes tóxicos como sulfóxidos e sulfetos alifáticos, que podem danificar as células vermelhas do sangue do animal, resultando em anemia.
 
2- Chocolate: A presença da teobromina e da metilxantina faz do chocolate um potente tóxico para os cães. “A quantidade de teobromina varia de acordo com o chocolate. Os mais amargos terão uma repercussão maior”. Segundo a especialista, a ingestão pode causar reações graves, como hipertensão, bradicardia ou taquicardia, tremores, incontinência urinária e excitação 
 
3- Uvas e Passas: Essas frutas podem desencadear sintomas como vômitos, diarreia, dor abdominal, desidratação e, o mais grave, lesão renal severa.
 
4- Nozes-de-Macadâmia: Têm potencial para causar letargia, fraqueza, dificuldade motora e tremores. Em casos mais sérios, podem evoluir para pancreatite e reações alérgicas.
 
5- Xilitol: Este poliálcool, usado como adoçante em doces e até produtos de higiene bucal, é altamente tóxico. Pode levar a vômitos, depressão, tremores e hemorragias do trato gastrointestinal.
 
6- Alimentos com excesso de sal: O consumo exagerado de sal (incluindo água salgada do mar ou restos temperados) pode provocar uma série de sinais clínicos como vômito, diarreia, taquicardia, tremores e até convulsões.
 
Além de evitar ingredientes nocivos, a docente do CEUB reforça que o cuidado com a alimentação deve ser contínuo e adaptado às necessidades de cada animal. “Filhotes, por exemplo, precisam de dietas ricas em nutrientes e com alto valor energético para sustentar o crescimento. Já em animais idosos, o excesso desses componentes pode favorecer a obesidade e desencadear sobrecargas metabólicas”, explica.
 
Para garantir um desenvolvimento saudável e prevenir complicações, a recomendação é manter acompanhamento regular com um veterinário de confiança. Em caso de ingestão acidental de alimentos tóxicos, a orientação é procurar atendimento imediatamente. “Os principais sinais clínicos costumam surgir entre 6 e 12 horas após a ingestão. Se o animal apresentar qualquer sintoma atípico, não hesite em buscar assistência”, finaliza Fabiana Volkweis.
 
(Por: CEUB/Máquina CW)