Flávio Augusto Goffi Marquesini, carioca nascido no Rio de Janeiro, conhecido artisticamente como Guto Goffi, é o baterista da banda 'Barão Vermelho' desde a formação original do grupo surgido nos anos 80.
Descendente patrilinear e matrilinear de norte-italianos, começou a tocar bateria em 1978. Em 1982, fundou o 'Barão Vermelho', com o tecladista Maurício Barros. Permaneceu na banda em todas as suas formações. Com a saída de Cazuza, passou a atuar também como letrista e, mais tarde, produtor.
Em 2001, quando o 'Barão Vermelho' suspendeu a atividade, Guto Goffi começou a se dedicar a projetos paralelos. Abriu a loja e escola de bateria e percussão 'Maracatu Brasil', em Laranjeiras (RJ), onde dedicou-se à formação de novos músicos e à divulgação de ritmos tradicionais brasileiros como o jongo e o maracatu.
Lançou em 2012 o disco solo 'Alimentar'. Formou mais tarde o 'Bando do Bem', com quem gravou o seu segundo álbum, 'Bem' (2016). Integrou ainda o trio de música instrumental 'Bicho de Pau', o 'Guto Goffi Quinteto' e gravou um CD com Robertinho Silva e Laudir de Oliveira.
Na sequência ele também lançou os álbuns 'C.A.O.S' (2020) e 'Respirar' (2023), este último seu quarto álbum de estúdio. Gravado em 2020 e 2021, durante a pandemia, o disco conta com as participações de Arnaldo Brandão, Armandinho Macedo, Bruno Mendes, Daúde, Nani Dias e Cláudio Gurgel.
Baterista, poeta, cantor, compositor e autor de letras de sucessos da banda 'Barão Vermelho' a exemplo de “Puro êxtase” e “Meus bons amigos”, Guto também enveredou pelo caminho da literatura e lançou no final do ano de 2021 o livro de poesias, “Quem alimenta quem?”, realizando a vontade de olhar para dentro de si mesmo.
"Sou muito conhecido como o baterista do Barão, mas pouca gente sabia dessa minha extensão de compositor e letrista. Achava que era hora de externar isso", conta Goffi, sendo ele também o responsável pelas 40 ilustrações que acompanham os 40 poemas do livro.
Guto conta também que os grandes inspiradores para sua faceta de poeta foram Cazuza e Ezequiel Neves, lendário produtor da banda. "Foram meus gurus. Com eles, aprendi que o rock tem que ser direto e não perder a viagem", resume.
Atualmente Guto Goffi segue realizando shows pelo país ao lado da sua banda 'Barão Vermelho'.
Entrevistado exclusivamente pelo Bacanudo.com, o multifacetado artista citou algumas das suas preferências cotidianas fora dos palcos, estúdios e demais compromissos profissionais. Conheça!
*Meu livro - "Quem alimenta quem?", de minha autoria.
*Meu filme - "Blade Runner", de Ridley Scott.
*Minha música - "Pro dia nascer feliz", do Barão Vermelho.
*Minha cidade - O Rio de Janeiro.
*Minha cara - Mulher bonita.
*Minha bebida - Água.
*Minha comida - Gastronomia peruana.
*Minha estação do ano - A primavera.
*Meu paraíso - Serra da Bocaina (SP).
*Minha fraqueza - A hipocrisia humana.
*Meu pecado - Sonhar demais.
*Meu vício - Maconha.
*Meu medo - De viver pouco demais sem conseguir fazer tudo o que quero fazer nesta vida.
*Minha flor - Tâmara.
*Meu esporte - Futebol.
*Meu lazer - Passear a pé, de carro, ou de avião.
*Minha etiqueta (comportamento) - Lealdade, e ser justo com os amigos.
*Meu cheiro - Do perfume 'Águas do Brasil, Mergulho de Cachoeira', da L'Occitane au Brésil .
*Meu ídolo - O baterista Buddy Rich.
*Meu sonho - Conquistar a paz de verdade.
*Minha inspiração - O Humanismo.
*Meu arrependimento - O mundo digital.
*Meu compositor - São dois: Cazuza e Renato Russo.
*Meu restaurante - Um peruano chamado 'Intihuasi', no Flamengo (RJ).
*Minha paisagem - Do Pão de Açúcar.
*Minha indiferença - Para fofocas e mesquinharias.
*Meu exagero - Todos os meus erros.
*Minha impaciência - A que tenho comigo mesmo.
*Meu lugar no mundo - Todos em que eu puder estar.
*Meu lugar na casa - Na cozinha, se tiver alguém bom pra cozinhar.