Como se não bastasse a posição de maior exportador global de carne e soja para a China, o papel do Brasil como supridor de proteínas do país asiático começa a se estender a cardápios menos convencionais. Investidores chineses estão buscando negócios no Brasil relacionados à produção e à exportação de insetos para alimentação.
O player mais ativo é a Yihua Capital. O fundo está abordando potenciais parceiros no país, de gestoras de venture capital a startups do setor. Tem, inclusive, se aproveitado de encontros bilaterais na área empresarial para estreitar contatos e firmar acordos.
A Yihua Capital coloca sobre a mesa não apenas a perspectiva de aporte de capital, mas também a garantia de contratos de longo prazo para exportação de insetos e consequentemente mercado ativo da China, o maior consumidor mundial de nutrientes, seja de que origem for.
Insetos
Ainda insetos nutrientes: o que está em jogo é a segurança alimentar de 1,4 bilhões de habitantes. O Brasil ainda engatinha no segmento – sequer há uma legislação para a criação e uso de insetos na alimentação humana.
No entanto, reúne condições favoráveis à produção desses comestíveis em larga escala. Tem área de sobra para criações em cativeiro na Embrapa.
E estão surgindo cada vez mais startups no setor. É o caso da Cyns, de Piracicaba (SP), pioneira na produção de farinha de insetos. Já tem como meta atingir mil toneladas de farináceo à base de moscas negras.
(Por: Giba Um)