(Foto: Divulgação)
Nascida em Santos, localizado no litoral do estado de São Paulo, a cantora, compositora e ilustradora Tulipa Ruiz morou até os três anos de idade em São Paulo. Após a separação dos pais mudou-se para São Lourenço (Minas Gerais). Seu pai Luiz Chagas, é jornalista e músico do 'Isca de Polícia', banda que acompanhava Itamar Assumpção.
Na adolescência, com a influência do ambiente musical da família, trabalhou numa loja de discos da cidade. Saiu de Minas Gerais aos 22 anos para cursar Comunicação e multimeios na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Depois que voltou para a capital paulista, trabalhou quase 10 anos como jornalista. Nos últimos anos, passou a abraçar os desenhos – outra paixão de criança – e, ao criar seu Myspace, resolveu entrar para a música e colocou algumas canções na página. Foi o suficiente para abraçar a ideia, começar a fazer shows. Participou de shows como DonaZica, Trash Pour 4, Júnio Barreto, Ortinho, Projeto Cru, Na Roda, Tiê, Nhocuné Soul e Cérebro Eletrônico. Fez desenhos para livros infantis, agendas, capas de discos e cartazes de shows. Interessa-se por gravações em campo, texturas, ruídos, bordados e cantigas de ninar.
Quando estudava na PUC, em São Paulo, Tulipa participou de várias bandas e projetos, até que em um show do Pochete Set (banda formada por Tulipa, Luiz Chagas e Gustavo Ruiz), o jornalista Ronaldo Evangelista gostou do que viu e a convidou para fazer uma apresentação solo. Então vieram as canções que o irmão registrou em seu estúdio caseiro e ela publicou no Myspace.
Em dezembro de 2008 decidiu sair da Agência de Comunicação em que trabalhava para ficar três meses compondo com o irmão e ilustrando. Então foi convidada para o Festival da Trama, no Teatro Oficina. Fez seu primeiro show solo em 2009 no Teatro Oficina, depois, Prata da Casa no SESC Pompeia, colecionando elogios da crítica, inclusive do conceituado produtor musical Nelson Motta, e gravou seu primeiro disco, 'Efêmera'.
'Efêmera' foi lançado no final de maio de 2010 e rapidamente conquistou a crítica e público. Suas canções foram descritas como "sutis e poeticamente diretas, cheias de arranjos simples e melodias doces e circulares embaladas pela voz única de Tulipa" pelo site Vírgula. Regis Tadeu, escrevendo para o Yahoo!, chamou a cantora de "um dos grandes destaques da nova geração de cantoras brasileiras".
Tulipa ganhou espaço no cenário musical brasileiro. Fez uma temporada com Marcelo Jeneci e já cantou com cantoras como Zélia Duncan. Tem em seu primeiro álbum participações de Tiê, Anelis Assumpção, Donatinho, Kassin, Thalma de Freitas, Juliana Kehl, Céu e Mariana Aydar.
Construiu o que chama de "pop florestal" - metade de São Paulo, metade de Minas Gerais, com composições próprias, do pai e do irmão, o guitarrista Gustavo Ruiz.
Em 2015 Tulipa Ruiz lançou seu terceiro álbum de estúdio intitulado 'Dancê', no qual se baseia num som pop mais dançante.O álbum foi indicado ao Grammy Latino e saiu vencedor na categoria de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro.
Quanto as influências na carreira, Tulipa contou que foi um concerto da cantora norte-americana Meredith Monk que mudou sua vida:
"Fiquei absolutamente embasbacada quando assisti ao concerto 'Impermanência', da criadora de óperas contemporâneas Meredith Monk. Como se 40 mil fichas sobre espiritualidade, canto, respiração e amadurecimento tivessem caído ali na minha frente. Chorei de atrapalhar o colega do banco ao lado. Foi um rito de passagem para mim. O jeito que Meredith explora a voz, rompendo a barreira entre canto e palavra, me comoveu e fortaleceu. Aprendi que o palco é um lugar sagrado, de poder e experimentação. Foi lindo entender isso", revelou a artista
Tulipa conta que aprendeu a cantar ouvindo cantoras/compositoras como Joni Mitchell, Gal Costa, Ná Ozzetti, Zezé Motta, Baby Consuelo e Joyce.
Ao longo da carreira já teve muitas indicações e já faturou alguns prêmios na área musical.
Passado o hiato de alguns anos sem pisar em palco sergipano, e da explosiva apresentação na última edição brasileira do Lollapalooza, Tulipa Ruiz está de volta a Aracaju, e neste domingo, dia 05 de maio, às 20h, pisa no palco do Teatro Tobias Barreto para soltar os trinados no show 'Habilidades Extraordinárias', homônimo do seu último álbum lançado, show que já lotou plateias por todo o Brasil. Imperdível!
O BACANUDO.COM conversou com a multifacetada artista e colheu dela algumas preferências da vida cotidiana, que você pode conferir abaixo.
*Meu livro - "Ensaios Fotográficos", de 'Manoel de Barros'.
*Meu filme - "Dolls", escrito, editado e dirigido por Takeshi Kitano.
*Minha música - "Habilidades Extraordinárias".
*Minha cidade - São Lourenço (MG).
*Minha cara - Aracaju (SE).
*Minha bebida - Dois cafés.
*Minha comida - Moqueca de peixe
*Minha estação do ano - A primavera.
*Meu paraíso - Água.
*Minha fraqueza - Tabaco.
*Meu pecado - O da preguiça.
*Meu vício - Café.
*Meu medo - De avião.
*Minha flor - Tulipa.
*Meu esporte - Nadar.
*Meu lazer - Dançar.
*Minha etiqueta (comportamento)- Procurar ouvir mais do que falar.
*Meu cheiro - De lavanda.
*Meu ídolo - @chaguetes.
*Meu sonho - Equidade.
*Minha inspiração - 'Gustavo Ruiz'.
*Meu arrependimento - Não ter feito uma música para 'Gal Costa'.
*Meu compositor - 'Rita Lee'.
*Meu restaurante - De frutos do mar.
*Minha paisagem - O abacateiro do meu quintal.
*Minha indiferença - Detesto indiferença.
*Meu exagero - O esmero com o meu trabalho.
*Minha impaciência - Com quem não entende que tudo é político.
*Meu lugar no mundo - O agora.
*Meu lugar na casa - Entre o abacateiro e o pé de boldo.