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Natal é oportunidade para ensinar consumo consciente às crianças

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(Crédito: Freepik)


 
Vitrines coloridas e brinquedos da moda estão por todas as partes. Para onde quer que as crianças olhem, há um apelo implícito para o consumo. Nesta época do ano, quando é comum dar e receber presentes, pais e mães têm uma boa oportunidade para ensinar lições sobre solidariedade, desapego de bens materiais e educação financeira às crianças.
 
Seja nas tradições pagãs, seja no rito cristão, o Natal tem originalmente um significado de nascimento, união e felicidade. Sentimentos como o amor, a bondade, a gratidão e a generosidade são alguns bons exemplos do que essa data significa de verdade. No entanto, é muito difícil desassociá-la do consumismo, especialmente nos últimos anos. Até mesmo uma das figuras mais conhecidas do Natal, o Papai Noel, está diretamente relacionada à entrega de presentes para as crianças. Como, então, evitar que os pequenos sejam envolvidos pelo espírito do consumo, em vez do espírito natalino?
 
Para o consultor pedagógico da Conquista Solução Educacional, Anderson Leal, é importante mostrar aos filhos que existe um planejamento no momento das compras, principalmente com base no orçamento disponível. “É fundamental fazer com que elas entendam que existe um orçamento e que ele precisa ser respeitado. Essa época de compras para o Natal é muito bacana para trabalhar a questão da educação financeira, além da questão socioemocional, que acaba vindo atrelada a essas questões”, revela o especialista, apontando que, muitas vezes, as crianças mais novas ainda não entendem a relação de dinheiro e consumo.
 
Como ensinar o consumo consciente?
 
Como tudo o que se deseja ensinar a alguém, educar crianças para que não sejam consumistas é uma construção que precisa ser feita desde cedo e se estender por toda a infância. Entre as coisas que precisam ser ensinadas, segundo Anderson, está o equilíbrio entre a necessidade e o desejo. “Essa questão deve ser mostrada, principalmente, pelo exemplo dos pais. Se um dos pais tem 50 pares de sapatos, a criança pode pensar que é normal que ela também tenha esse número, podendo estimular um potencial consumismo”, detalha.
 
Além disso, estabelecer prioridades e mostrar para a criança que, ao presentear alguém, a principal questão a ser considerada é o significado que o presente carrega. “Os pais devem ressaltar que esse significado é muito mais importante do que o valor monetário. Nem sempre o presente mais valioso financeiramente é a melhor opção”, aconselha. O educador finaliza destacando que o Natal é uma boa época também para ensinar os pequenos a praticar a solidariedade, com doações de objetos que estão parados em casa, por exemplo, que também serve como uma lição para combater o consumismo.
 
(Por: Central Press)