Paulista radicado em Sergipe, o artista visual Fabio Sampaio, ao longo de três décadas, vem construindo uma poética singular, na qual as noções de pertencer e transplantar são enigmáticas e fundamentais. Uma das primeiras obras premiadas da sua carreira, criada há 25 anos, que desde então integra o acervo da Pinacoteca Prof. Luiz Alberto dos Santos, está sendo exposta ao público, a partir desta semana, no Centro de Cultura e Arte – CULTART, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Aracaju.
"Assemblage para Antônio Maia" foi o vencedor do XIII Salão Nacional de Artes Plásticas de Aracaju, realizado em 1998 pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). A obra reflete o fascínio de Fabio Sampaio pelos ex-votos do saudoso artista sergipano, nascido em Carmópolis, em 1928, que foi morar no Rio de Janeiro, onde alcançou a fama, sendo considerado até hoje um dos mais expressivos pintores figurativos brasileiros.
“Essa obra é muito emblemática para mim porque o momento de criação dela aconteceu durante uma viagem enquanto eu sentia a presença efêmera do cheiro do pavio de velas queimando. Foi aí que reconstruí a imagem de ex-votos de Antônio Maia, transmutando uma sensação em assemblages”, afirmou Fabio Sampaio.
A obra faz parte da exposição 'Sergipe Plural', que marca a reabertura do CULTART. O espaço, com visitação de segunda a sexta-feira, das 10h às 15h, ficou fechado durante a pandemia da Covid-19 e, posteriormente, passou por um longo período de reformas.