Pernambucano de nascimento, mas radicado em São Paulo, o multifacetado artista Crec Leão é filho de pai italiano e mãe pernambucana, e cresceu em meio a um turbilhão cultural, onde se afeiçoou pela música e viveu cantando nos palcos pelo Brasil por cerca de 22 anos. Ele também já mostrou o seu talento como ator interpretando personagens no teatro e cinema, escreveu roteiros e sempre desenhou desde a infância.
O processo para a terceira arte, aconteceu quase que naturalmente e confortavelmente, muito pela mudança de cidade e vida, quando desembarcou aqui em Aracaju, com a ideia e o objetivo de continuar na arte, sem dar achance a possibilidade de abrir mão disso, mas almejando algo que a produção dependesse única e exclusivamente da vontade dele. Como nunca deixou de rabiscar, quando percebeu tudo estava acontecendo naturalmente, como queria e imaginava, pois nunca deu as costas para esta linguagem.
O processo criativo de Crec Leão é totalmente contemporâneo. "Quando comecei a expor minha produção me dei conta da aceitação dos interessados na área, então foi bem mais fácil", revela o artista.
Com trabalhos vendidos pra fora do país e projetos e exposições em São Paulo e Pernambuco, Crec continua participando de editais pelo Brasil, e claro, expondo sempre aqui em Sergipe. No ano passado, ele não realizou nenhuma exposição idividual, só coletivas, pois decidiu tirar o ano para produzir. Não deu outra, agora em 2017 já participou do projeto Cine Solar na galeria A7MA, em São Paulo, e atualmente está em cartaz no Museu Histórico de Sergipe, em São Cristovão, onde fincou a mostra denominada, "Cangaço Moderno", trazendo uma fusão do sertão com a ficção cientifica, dentro de uma roupagem das histórias em quadrinhos de heróis.
No dia a dia, Crec divide o seu tempo entre a pintura e a coordenação do Fórum de Artes Visuais de Sergipe - FAVS -, desafio aceito por ele a partir do entendimento de poder contribuir para a cena de artes visuais local, com a intenção de fortalecer e ofertar melhor qualidade de produção para o mercado de artes sergipano, reduzindo a distância para a arte contemporânea, fazendo com que o artista do nosso Estado tenha uma maior visibilidade no mercado nacional, também através de intercâmbios. "O papel do artista vai muito alem do cavalete e paleta, levar a arte através de oficinas e movimentos sociais é a solução", confessa.
Através da entrevista abaixo, conheça parte das preferências deste artista plugado nas modernidades do mundo atual.
*Meu livro – "Ao Sul de Lugar Nenhum", de Charles Bukowski.
*Meu filme – "Um Drink no Inferno", de Quentin Tarantino.
*Minha música – "Plush", da banda Stone Temple Pilots.
*Minha cidade – Colonia del Sacramento, no Uruguai.
*Minha cara – Falar o que penso, doa a quem doer.
*Minha bebida – Cerveja gelada.
*Minha comida – Frutos do mar.
*Minha estação do ano - O verão.
*Meu paraíso – A minha casa, na Praia do Robalo.
*Minha fraqueza – Não ser indiferente.
*Meu pecado – Tudo vale a pena ,quando a alma não é pequena.
*Meu vício – Ser feliz.
*Meu medo – De ter medo.
*Minha flor – Rosa.
*Meu esporte - Futebol.
*Meu lazer – O mar.
*Minha etiqueta - Sorrir.
*Meu cheiro – De mar.
*Meu ídolo – Quando comecei a cantar queria a voz do James Brown.
*Meu sonho – O fim da miséria.
*Minha inspiração – Tudo o que me rodeia.
*Meu arrependimento – São deletados, não lembro mais.
*Meu compositor – Arnaldo Antunes.
*Meu restaurante – Bar do Lopes. Quando chego em São Paulo, vou direto pra lá. Passei anos comendo ali, o organismo pede.
*Minha paisagem – Barra Grande, na Bahia.
*Minha indiferença – Aos que passam o dia fornecendo as próprias opiniões nas redes sociais.
*Meu exagero – A pintura.
*Minha impaciência – Com a fome.
*Meu lugar no mundo – A estrada.
*Meu lugar na casa – O meu ateliê.