Paulista nascido na cidade de Santos, foi ao chegar aqui em Aracaju, no ano de 1991, que o artista visual - é assim que ele se auto intitula e costuma se apresentar -, Fábio Sampaio deu vazão à sua criatividade artística através do uso de pinceis, palheta, aquarela, cavaletes e tudo quanto é material de pintura para desenvolver os seus singulares trabalhos. Foi exatamente neste mesmo ano, lá no início da década de 90, que o inquieto e antenado artista realizou a sua primeira mostra individual “As Quatro Estações”, e a partir daí catalogou uma sequência de exposições em galerias não só daqui, como também de outras instituições brasileiras .
Já reconhecido em nossa plaga, em 2001, Fabio representou o Brasil na Bienal de Arte Contemporânea de Florença, Itália, com “Opostos da Primavera”.
No ano de 2014 teve a sua obra lindamente publicada no livro 'Self Dreams', com curadoria de Mário Britto, quando foi citado pelo crítico de arte Paulo Klein, um dos bambambãs da Association Internationale des Critiques d´Art e Associação Brasileira de Críticos de Arte, como revelação no Livro “Brasil Art Show 2008".
Se partirmos para falar das premiações, podemos começar pelo 2º lugar no 'Festival de Murais', no ano de 1990, na cidade de Santos-SP; 1º lugar 'Salão
dos Novos', em 1993, aqui em Aracaju-SE; 1º lugar 'XII Salão Nacional de Arte Contemporânea da Universidade Federal de Sergipe', em 1998.
Muitas também foram as exposições individuis e coletivas realizadas por este antenado artista, cuja força de sua obra não está no texto direto, cru, agressivo. Ele reúne pequenos elementos do interior de sua casa/vida/mundo e os compõe em obras intimistas e desestabilizadoras.
Além do branco, preto e nuances de cinza, Fábio pontua com vermelho e verde seus trabalhos, cores complementares que continuam o jogo de oposições, colocando-nos em xeque e nos fazendo pensar.
Seu universo é o interior, embora ele possa ser expresso na forma de grandes painéis ou intervenções urbanas que “param cidades” como um dedo
apontado para a “cara’ de cada um.
Transparentes, as casas que Fábio apresenta são o reverso de paredes opacas e intransponíveis. Sem pudor, traz para o primeiro plano tudo o que em geral se tenta ocultar dentro do angusto espaço de quatro paredes e uma vida.
No próximo dia 22 de março, às 19h, Fábio Sampaio se lança num novo desafio, onde vai aterrissar no "M Depósito de Arte", na 13 de Julho, uma série de trabalhos de estilo inédito, onde estreia usando uma nova técnica de expressar a sua arte contemporânea, através da exposição "Poesia entre o Céu e o Mar". A mostra ficará em cartaz com as peças disponíveis para a venda naquela charmosa galeria, até o dia 28 de abril. Antes disso, acompanhe abaixo algumas preferências desse modernoso artista, concedida exclusivamente para o BACANUDO.
*Meu livro - "Mitologia do kaos", Jorge Mautner.
*Meu filme – "O homem elefante", David Lynch.
*Minha música - "Ele me deu um beijo na boca", Caetano Veloso.
*Minha cidade - Santos/Aracaju.
*Minha cara – Lavada...rsrsrs.
*Minha bebida – Aguardente.
*Minha comida – Sem glúten feita pelo meu amor.
*Minha estação do ano – Alto verão.
*Meu paraíso - Meu ateliê.
*Minha fraqueza – É minha fortaleza.
*Meu pecado - Não saber dissociar pecado de virtude.
*Meu vício – A observação.
*Meu medo – De não terminar o que vim fazer.
*Minha flor – Comigo ninguém pode.
*Meu esporte – Skate.
*Meu lazer – Viajar e desenhar.
*Minha etiqueta – Ficar na minha sempre.
*Meu cheiro – De cigarro com alfazema que exalava da artista Dionea Patterson,
durante uma oficina de pintura na minha adolescência, na década de 1980.
*Meu ídolo - Guto Lacaz e Oswaldo Cruz.
*Meu sonho – Realizar o projeto "Hotcream" em New York e ser um homem
melhor a cada dia.
*Minha inspiração - O cotidiano.
*Meu arrependimento - Não me arrependo de nada.
*Meu compositor – Caetano Veloso.
*Meu restaurante – Charme da Paulista, em São Paulo.
*Minha paisagem – Ilha de Urubuqueçaba, em Santos.
*Minha indiferença - Para a mesmice.
*Meu exagero – Uma delícia...
*Minha impaciência - Com o trânsito de Aracaju.
*Meu lugar no mundo – Aonde o meu trabalho me leva.
*Meu lugar na casa – Na minha janela aberta para o mundo.