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Cá Entre Nós - Ciro Barcelos

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(Foto: Divulgação)


 
Gaúcho de Porto Alegre, Ciro Barcelos é um ator, coreógrafo e diretor brasileiro, também conhecido por ser um dos remanescentes do 'Dzi Croquettes', grupo que sacudiu o showbusiness brasileiro nos anos 70 com sua mistura de humor e androginia.
Ainda adolescente, o artista fugiu de sua casa em Porto Alegre. Do lado de fora, Sônia Braga (na época apenas a Soninha) e Armando Bógus o esperavam num fusquinha. De lá pegaram a estrada, chegando a Curitiba, onde finalmente ele fez um teste para o musical 'Hair', para substituir Buza Ferraz. 
Quando conseguiu o papel, ouviu do produtor Altair Lima que teria que voltar para casa. Era menor de idade. Mas, Ciro conseguiu convencer os pais a emancipá-lo. Um ano mais tarde, após a experiência na antológica montagem (e ainda sem completar 18 anos), entrou para o grupo que iria definir sua carreira: os 'Dzi Croquettes'.
No início da década de 1970, Ciro se tornou o caçula da recém-criada companhia de Lennie Dale (1934–1994). O coreógrafo norte-americano, radicado no Brasil, andava revolucionando a cultura do espetáculo – teria inclusive orientado Elis Regina a balançar os braços em 'Arrastão', anos antes. 
Sua maior cartada no Brasil, os 'Dzi Croquettes', durou efetivamente quatro anos (1972 a 1976), marcando a contracultura gay em pleno período da ditadura militar entre os anos de chumbo do governo Médici e a gestão Geisel.
Ciro passou a juventude toda dentro de salas de aulas estudando. Com 19 anos estava em exílio na França com o 'Dzi', e sua vida resumia-se em estudar dança e teatro. Praticava muito, trabalhou com grandes coreógrafos e diretores internacionais como Maurice Bejárt e Pina Bausch.
Com a dissolução do grupo, cada um dos 13 integrantes foi para um canto. Somente em 2009, com o documentário 'Dzi Croquettes', de Raphael Alvarez e Tatiana Issa, a história veio à tona para as novas gerações. A repercussão acabou motivando a criação do espetáculo 'Dzi Croquettes' em Bandália, criado e dirigido pelo próprio Ciro Barcelos.
Último entrevistado do ano do Bacanudo.com, o icônico e multifacetado artista citou algumas das suas preferências do cotidiano. Conheça!
 
*Meu livro - "Verdade Tropical", de 'Caetano Veloso'.
*Meu filme - "Eu, meu Pai e os Cariocas", de 'Lúcia Veríssimo'.
*Minha música - "Caçador de Mim", de 'Milton Nascimento'.
*Minha cidade - Assis, na Itália.
*Minha cara - O que sou.
*Minha bebida - Água.
*Minha comida - Arroz integral.
*Minha estação do ano - A primavera.
*Meu paraíso - A minha paz interior.
*Minha fraqueza - Chocolate.
*Meu pecado - Não existe pecado do lado de baixo do Equador.
*Meu vício - Amor.
*Meu medo - Do capitalismo.
*Minha flor - Camélia.
*Meu esporte - Futebol.
*Meu lazer - Meditar.
*Minha etiqueta - Educação.
*Meu cheiro - De manjericão.
*Meu ídolo - 'Dalai Lama'.
*Meu sonho - De um sociedade humanitária e igualitária para todos.
*Minha inspiração - O sol.
*Meu arrependimento - Não tenho.
*Meu compositor - São muitos.
*Meu restaurante - O indiano 'Govinda'.
*Minha paisagem - A vista do condomínio de 'Lula Ribeiro'.
*Minha indiferença - Para a maldade alheia.
*Meu exagero - Amar.
*Minha impaciência - Ignorância.
*Meu lugar no mundo - Aqui e agora.
*Meu lugar na casa - Na cozinha.