(Foto: Divulgação)
Paulista de Santo André, o cantor contratenor Edson Cordeiro começou a cantar aos seis anos, quando passou a fazer parte do coro de uma igreja evangélica chamado "Cordeirinhos do Senhor", onde permaneceu até os 16 anos.
Filho de um mecânico e de uma bordadeira, fez teatro infantil e, em 1983, participou da ópera-rock 'Amapola', de Miguel Briamonte, que mais tarde seria diretor musical de seus discos.
Em 1988 foi ator e cantor na terceira montagem brasileira da ópera-rock 'Hair!' (Gerome Ragni, James Rado e Galt McDermot), dirigida por Antônio Abujamra. No ano seguinte, atuou na montagem de 'O doente imaginário', de Molière (Jean-Baptiste Poquelin, 1622-1673), dirigida por Cacá Rosset. Com essa peça, viajou pela Europa, Estados Unidos, México e América Central.
Seu primeiro show solo aconteceu em agosto de 1990, na 'Mistura Up' do Rio de Janeiro. O sucesso foi imediato, e ele passou a ser disputado por várias gravadoras. Suas distinções são o timbre vocal de contratenor (voz masculina aguda, com o mesmo alcance do soprano feminino - no caso dele, sopranista -) e o repertório eclético, que inclui ópera, bossa nova, pop e jazz.
A carreira solo como cantor tomou força a partir de 1990, quando se apresentou no Rio de Janeiro com grande sucesso, e assinou contrato com a Sony, onde gravou oito cd’s: Edson Cordeiro (1992), Edson Cordeiro (1994), Terceiro sinal (1996), Clubbing (1997), Disco Clubbing ao vivo (1998) Disco Clubbing ao Vivo – Mestre de Cerimônias (1999) e, “Dê-se ao luxo” (2001)
Ao longo da brilhante trajetória artística, muitos foram os prêmios recebidos pelo artista desde o início da carreira.
O seu último trabalho lançado no Brasil, que inclusive foi indicado ao Grammy Latino de 2006, na categoria de melhor música clássica, foi o álbum “Contratenor” (2005), pela Paulus.
Desde a década de 90 Edson conquistou seu espaço no mercado europeu, isso após ter firmado seu talento no Brasil.
Diante disso, desde abril de 2007 o cantor, radicado na Alemanha, excursiona pela Europa intercalando dois formatos de shows. Um com o premiado trio alemão Klazz Brothers, com quem gravou o álbum “Klazz meets the Voice” (2007), pela Sony/BMG Alemã, um mix de jazz, música erudita e popular. No outro Cordeiro, ao lado do pianista alemão Broder Kuhener, faz uma junção de sucessos de sua carreira e passeia pela ópera de Mozart, pela bossa nova de Tom Jobim, pelo pop de Madonna e Michael Jackson entre muitos outros ritmos.
Em 2009 gravou o álbum “The Woman’s Voice – A Voz da Mulher”, (pela gravadora alemã “Prime Records”). Neste novo show o cantor homenageia grandes divas da música em todo o mundo. “A Voz da Mulher” tem uma coisa em comum com seus projetos anteriores: Novamente, ele faz algo completamente diferente do que era esperado. De acordo com o princípio “Mudar para continuar” Edson Cordeiro dedicou a voz para sua grande inspiração: A voz feminina. Neste contexto ele agora interpreta grandes e variadas cantoras, entre elas: Billie Holiday, Yma Sumac, Shirley Bassey, Zarah Leander, Edith Piaf, Madonna e, é claro, brasileiras como: Carmen Miranda, Elis Regina e Dalva de Oliveira.
Acompanhado do brilhante pianista alemão Broder Kuhne dá as canções novas interpretações esplendorosas. Edson Cordeiro é hábil para trazer um novo brilho a esses clássicos que têm suas marcas na história da música.
Em 2012, com seus projetos "My Collection", "Lounge Disco" (com o Trio alemão” Klazz Brothers”) e "Samba de Luxe", ele continua com sua excepcional história de sucesso, cantando em teatros com ingressos esgotados sobretudo com suas apresentações excitantes e inspiradas por todo o mundo.
Em 2015, lança “Paradiesvogel”, seu 11º primeiro álbum, gravado na Alemanha. Com um repertório poliglota e sua ampla gama de músicas - spanningg de World Music, Bossa Nova para Chanson, “Paradiesvogel” não é apenas uma viagem ao passado, pois Edson canta novas músicas escritas especialmente para ele, e conta sobre os pássaros que inspiraram compositores como Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira com "Asa Branca" e "Assum Preto" e "Azulão" de Jayme Ovalle e Manuel Bandeira.
Considerado como um dos cantores mais versáteis da atualidade. Com a sua impressionante amplitude vocal e a sua enorme variedade tímbrica, ele sente-se à vontade tanto na ópera e música clássica como nas formas mais modernas da música latina, jazz, rock, pop e dance music. Consegue interpretar cada canção como se fosse sua, de uma maneira pessoal e inimitável.
Em "Fado", seu 12º segundo e mais novo álbum, lançado em 2017, totalmente gravado em Porto, Portugal, Edson Cordeiro dá sua potente voz de contratenor a um repertório rico, refinado e dramático.
Na tour "Fado Tropical", Edson Cordeiro, com sua voz limpa e ainda mais poderosa, interpreta alguns dos mais belos e famosos fados, como "Estranha forma de vida" (Amália Rodrigues/Alfredo Marceneiro), "Foi Deus" (Alberto Janes), "Barco Negro" (David Mourão Ferreira /Matheus Nunes), "Fado Tropical" (Chico Buarque/ Ruy Guerra), acompanhado dos fadistas brasileiros Wallace Oliveira (Guitarra Portuguesa) e Sérgio Borges (Violão) e, acrescenta ao já refinado repertório, uma releitura de sucessos de sua carreira, que passa desde o sertanejo de raiz ao disco clubbing, do choro à ópera, e com outras grandes surpresas, levando a plateia ao êxtase, no estilo Edson Cordeiro, é claro!
Seu mais novo trabalho conta com músicas inéditas de novos artistas e uma composição própria, “Voz e violão”, em parceria com o cantor e compositor Danilo Audi. “Bem na Foto”, um dos singles que dá nome ao álbum, é o título de uma das canções compostas especialmente para Edson, pelo cantor, músico e compositor paulista José Cândido.
A versatilidade musical para todos os gêneros, uma de suas muitas características como artista, continua presente nesse novo trabalho.
Direto de Lübeck, na Alemanha, cidade onde reside atualmente, Edson Cordeiro respondeu gentilmente esta entrevista/bate-papo do Bacanudo.com onde citou para os inúmeros fãs de todo o planeta algumas das suas preferências do cotidiano. Ele é um show!
*Meu livro - "Os Buddenbrook", de Thomas Mann.
*Meu filme - "A Hora da Estrela", 'Suzana Amaral'.
*Minha música - Todas as que 'Clementina de Jesus' cantou.
*Minha cidade - Lübeck, na Alemanha.
*Minha cara - Buscar o novo.
*Minha bebida - Café.
*Minha comida - Portuguesa com certeza.
*Minha estação do ano - Sou feliz em todas.
*Meu paraíso - Contas pagas.
*Minha fraqueza - Não tenho.
*Meu pecado - Não tenho.
*Meu vício - Não tenho.
*Meu medo - Não tenho.
*Minha flor - Todas.
*Meu esporte - Nenhum.
*Meu lazer - Não ter compromisso já é lazer.
*Minha etiqueta - Saber ouvir.
*Meu cheiro - 71 da Comme des Garçons.
*Meu ídolo - As mulheres da minha família.
*Meu sonho - De tudo voltar ao 'normal' de novo.
*Minha inspiração - 'Dona Odete' (minha mãezinha).
*Meu arrependimento - Vários e inconfessáveis.
*Meu compositor - 'Chico Buarque'.
*Meu restaurante - 'Oficina do Sabor', em Olinda (PE).
*Minha paisagem - Da minha varanda.
*Minha indiferença - Para o preconceito.
*Meu exagero - Superei faz tempo.
*Minha impaciência - Nenhuma.
*Meu lugar no mundo - Qualquer lugar com o amor da minha vida, Oliver.
*Meu lugar na casa - Sala e cozinha sem esquecer cama …, é claro.