(Foto: Divulgação)
Dora Vergueiro é uma paulista de nascimento que encontrou no calor do Rio de Janeiro a cumplicidade perfeita para o jeito inquieto e a vontade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo agora.
Cresceu na barra do samba do pai, o compositor Carlinhos Vergueiro, com quem aprendeu muito cedo que a música se faz e acontece nas ruas das cidades, no entra e sai das casas dos amigos durante a madrugada. Suas primeiras grandes inluências vieram do samba, principalmente da convivência com verdadeiros personagens da música brasileira que achavam graça naquela menina curiosa e tímida, fascinada pelo som e muito afinada.
Aos 15 anos subiu no palco com um time de responsa, que definiu de vez os caminhos da cantora: Robertinho Silva, Raul de Souza, Ron Carter e o pianista e tio Guilherme Vergueiro embalaram a projeção dela na midia paulistana.
Dali para o primeiro disco não demorou muito. Em 1996 Dora gravava 'Leve', título da parceria dos amigos de pelada Carlinhos Vergueiro e Chico Buarque.
A paixão pelo esporte, fez com que Dora aos 18 anos entrasse para a Faculdade de Educação Física. Depois de três anos, a vida a levou para o curso de Comunicação Social. Passou 10 anos como apresentadora do canal Sportv onde exercitou o jornalismo de forma abrangente, produzindo, escrevendo, editando e cobrindo eventos.
Da experiência vivida no programa 'Rolé', onde viajou o mundo num formato mais reality, veio o segundo disco, 'Pé na Estrada', com um repertório mais voltado para o público do programa 'Zona de Impacto', que queria ouvir as músicas que Dora cantava nos luaus improvisados pelo Brasil. Ali ela experimentou o reggae, a surf-music, o forró e as composições próprias.
De 2007 a 2010 apresentou o 'Trilha MTV', programa voltado para a cultura, gastronomia e esportes, onde viajou por todo o estado de Minas Gerais.
Dora é também radialista e trabalhou seis anos na Oi FM fazendo transmissões ao vivo, entrevistas e cobertura de shows.
Atualmente tem um programa diário na rádio 'Beach Park' de FortaIeza, onde fala de música e estilo de vida saudável.
No terceiro CD, 'Samba Valente', Dora volta às raízes fazendo samba num disco 100% autoral.
O quarto trabalho, que traz regravações de clássicos como 'Meu Drama', de Silas de Oliveira, trouxe uma grata surpresa:
Ela foi a única brasileira mulher a concorrer ao lado de nomes como Zeca Pagodinho e Martinho da Vila, ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba.
Seu quinto álbum, 'Contrafluxo' trouxe a participação especial de Chico Buarque dividindo com ela a faixa 'Bebendo Garoa', de Edil Pacheco e Carlinhos Vergueiro.
Seu mais recente projeto, de 2020, conta com o single 'Caiu, levantou', autoria dela em parceria com o pai 'Carlinhos Vergueiro', disponível nas plataformas digitais.
Entrevistada pelo Bacanudo.com, a bela, talentosa e multifacetada artista citou algumas das suas preferências cotidianas. Confira!
*Meu livro - "Capitães da Areia", de 'Jorge Amado'
*Meu filme - "Taxi Driver", dirigido por Martin Scorsese.
*Minha música - Pergunta impossível para mim, minha trilha sonora é plural.
*Minha cidade - O Rio de Janeiro.
*Minha cara - Vento do mar no cabelo.
*Minha bebida - Capuccino.
*Minha comida - Ovo cozido.
*Minha estação do ano - A primavera.
*Meu paraíso - Fernando de Noronha.
*Minha fraqueza - Ira.
*Meu pecado - O da luxúria.
*Meu vício - Viver.
*Meu medo - De claustrofobia.
*Minha flor - Girassol.
*Meu esporte - Natação.
*Meu lazer - Pegar a estrada.
*Minha etiqueta - Compaixão.
*Meu cheiro - De hortelã pimenta.
*Meu ídolo - 'Antônio Cândido' e Bob Marley.
*Meu sonho - Uma terra pra plantar.
*Minha inspiração - Música.
*Meu arrependimento - Perder a cabeça.
*Meu compositor - 'Carlinhos Vergueiro'.
*Meu restaurante - O 'Sushi Mar'.
*Minha paisagem - Da Praia do Leão, em Fernando de Noronha.
*Minha indiferença - Para a ostentação.
*Meu exagero - Ser passional.
*Minha impaciência - Para bagunça.
*Meu lugar no mundo - Itacoatiara, no estado do Amazonas.
*Meu lugar na casa - A casa inteira.