Cantora, atriz, produtora, artista plástica e empresária do ramo das laces e perucas, Laurinha Arantes foi a primeira cantora da banda Pimenta de Cheiro, atual Cheiro de Amor, tornando-se a primeira mulher a comandar um grande bloco, o Cheiro de Amor, em Salvador (BA).
Personagem importante dentro do icônico e pra lá de popular Carnaval da Bahia, juntamente com Baby do Brasil, foi a primeira voz feminina a cantar em cima de um trio elétrico.
Laurinha estreou como cantora, em 1983, durante a folia baiana. Além da banda 'Pimenta de Cheiro', foi também vocalista do 'Novos Bárbaros', grupo onde chegou a gravar dois discos. A partir daí, já em carreira-solo, emplacou o hit "Pipoca Louca" e estreou como apresentadora de TV. 
Em 1989, com o show "Pura Ousadia", ganhou o Troféu Caymmi de melhor intérprete, um dos mais importantes da música baiana e, na seqüência, todos os prêmios musicais da época como melhor intérprete, entre os quais o Troféu Imprensa e o Placa de Ouro da TV Itapuã, afiliada da Record Tv em Salvador (BA). 
Ainda em 89, Laurinha levou o seu swing para a Europa em uma turnê que incluiu a Bélgica, França, Itália, Suíça, Alemanha, Áustria e Portugal. 
Devido ao sucesso dessa temporada, mudou-se para a Espanha, onde permaneceu por vários anos. De volta ao Brasil, gravou um novo disco ao lado de Armandinho, Luiz Caldas e Carlinhos Brown - seus amigos e companheiros de geração -, e que será lançado em breve. 
O seu trabalho musical hoje é uma mistura de todos os ritmos e as influências adquiridas nos palcos e estúdios, onde amadureceu a sua voz e o seu balanço.
Inquieta com a sua arte, em 2018 concluiu o Curso Livre de Teatro do Instituto Anísio Teixeira (IAT) e estreou nos palcos baianos vivendo a personagem Helvira da obra 'A Falecida' de Nelson Rodrigues. 
"A arte me encanta em todas as suas vertentes. Após o curso de teatro, em 2019 ganhei meu primeiro papel como protagonista e iniciei as gravações da série O Reino de Itapuã, dirigida por Nildson Veloso, trabalho interrompido pela pandemia onde interpreto Mãe Isolda”, revela.
O Bacanudo.com teve a satisfação de conversar informalmente com a bem humorada e uma das pioneiras artistas a atrair multidões atrás do trio elétrico, onde colheu dela algumas das suas preferências do dia a dia. Desfrute!
 
*Meu livro - 'O Amor é Fodido', de 'Miguel Esteves Cardoso'.
*Meu filme - 'A Festa de Babette', dirigido por Gabriel Axel. 
*Minha música - 'Amor Até o Fim', de 'Gilberto Gil'.
*Minha cidade - Salvador.
*Minha cara - 'Leila Diniz'.
*Minha bebida - Cerveja misturada com Malzebier.
*Minha comida - Omelete com farofa de manteiga.
*Minha estação do ano - O inverno.
*Meu paraíso - Salinas da Margarida, na Bahia.
*Minha fraqueza - Carboidratos.
*Meu pecado - O da gula.
*Meu vício - Ele.
*Meu medo - Eu enfrento.
*Minha flor - Do campo.
*Meu esporte - Caminhada.
*Meu lazer - Jogar conversa fora e rir com os amigos.
*Minha etiqueta - Não tenho modos.
*Meu cheiro - Do perfume 'Happy', da Clinic.
*Meu ídolo - 'Elis Regina'.
*Meu sonho - Tomar a vacina da Covid-19.
*Minha inspiração - 'Santa Dulce dos Pobres'.
*Meu arrependimento - Não ter ido ao único show que 'Elis' apresentou em Salvador.
*Meu compositor - 'Gilberto Gil'.
*Meu restaurante - O mais simples, limpo, aconchegante e caseiro que houver.
*Minha paisagem - O pôr do sol do lugar onde nasci, a Praia da Boa Viagem.
*Minha indiferença - Para gente egoísta.
*Meu exagero - A alegria de viver que transborda.
*Minha impaciência - Para gente burra.
*Meu lugar no mundo - No coração de 'Davi', meu neto.
*Meu lugar na casa - O batente do meu 'Quintal Motel Recanto das Rolas' (risos).