PUBLICIDADE

Banner

Bolsonaro foi recepcionado com festa em Sergipe

Bolsonaro em Aracaju.jpg

 
"Não estou preocupado com 2022, 2022 é outra história. Quero fazer um governo bom nesses quatro anos", disse o presidente, que ainda deu mostras de que pode ter uma participação mais ativa na eleição municipal deste ano. "Não pretendo (participar), o que não quer dizer que eu não vá."
 
Bolsonaro evitou comentar a mais recente pesquisa Datafolha que apontou para uma melhora da sua popularidade, inclusive no Nordeste. "Não me baseio em pesquisa nenhuma. Pesquisa é o que a gente vê nas ruas. É a gente aqui com o povo, com as autoridades."
 
A pesquisa Datafolha realizada na semana passada aponta que 37% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, ante 32% na pesquisa anterior, feita em junho. Os eleitores que consideravam o governo ruim ou péssimo caiu de 44% para 34% no mesmo período.
 
Nesta segunda-feira, 17 de agosto, Bolsonaro desembarcou em Aracaju pela manhã e foi recebido por uma multidão de apoiadores que se aglomeravam no aeroporto. Sem usar máscara, o presidente cumprimentou e pegou na mão dos militantes, contra as orientações das autoridades sanitárias.
 
Para acenar para o público, ele subiu nos ombros de um segurança e vestiu um chapéu de vaqueiro. Foi saudado pelos eleitores com gritos de "melhor presidente do Brasil" e "eu vim de graça".
 
Ao comentar sobre a receptividade no Nordeste, região onde proporcionalmente teve menos votos na eleição de 2018, o presidente afirmou que não vê diferença em relação ao que já via campanha eleitoral.
 
"É sinal que nada mudou. A gente continua gozando prestígio e consideração por parte da população e retribuímos com um trabalho, honestidade e sinceridade", afirmou.
 
O presidente esteve em Sergipe para a inauguração da Usina Termoelétrica Porto Sergipe I, um empreendimento da Celse (Centrais Elétricas de Sergipe) em Barra dos Coqueiros (14 km de Aracaju). O empreendimento é 100% privado e não teve financiamento de bancos públicos.
 
A usina já está em pleno funcionamento desde março de 2020. O ato também marcou o arrendamento dos dez anos das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobras (Fafen), na Bahia e em Sergipe para a Proquigel, subsidiária do grupo Unigel.
 
O evento aconteceu em uma área isolada junto à termoelétrica e foi aberto apenas a autoridades. No local, sentado ao lado de empresários e políticos, o presidente usou máscara.
 
O presidente trocou elogios com o governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), político aliado ao PT localmente que apoiou Fernando Haddad (PT) em 2018 e que tem posição de independência em relação ao governo federal. "O governador sequestrou meu coração", disse Bolsonaro.
 
Chagas afirmou que o presidente é "um verdadeiro defensor" do estado de Sergipe: "Não tenho do que reclamar do governo federal". Deputados de partidos do centrão como PP e Republicanos, inclusive de outros estados, também participaram do ato ao lado do presidente.
 
A visita acontece no momento em que o governo federal trava uma disputa interna em torno da ampliação dos gastos públicos. Enquanto o ministro Paulo Guedes (Economia) tenta travar novos gastos, ministros como Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) defendem mais investimentos.
 
A pressão é para que o presidente invista recursos sobretudo na região Nordeste, região que é o principal bastião da oposição e onde o presidente teve menos votos em todos os nove estados em 2018.
 
Em seu discurso, o presidente disse que a maior parte do orçamento federal é comprometido com gastos obrigatórios, o que lhe dá pouca margem para novos gastos. "Sobra muito pouco e a briga (por recursos) é grande. Temos feito o possível para, com menos fazer muito mais", afirmou Bolsonaro.
 
(Fonte: FOLHAPRESS)