(Foto: Reprodução/Internet)
Todos dizem: “Fiquem em casa”, “Lavem bem as mãos com água e sabão”, “Usem álcool gel”, mas onde é a casa do morador de rua? Como é que ele vai fazer a higiene recomendada se ainda tem dificuldade de acesso à água potável e à alimentação? Algumas pessoas estão de quarentena, outras trabalhando em seus lares, mas as pessoas que estão debaixo dos viadutos, nas ruas e praças não tem como se proteger.
É preciso que as Prefeituras, por meio das secretarias municipais de Saúde, Assistência Social e de Direitos Humanos e Cidadania, forneçam ao menos o básico para garantir alguma proteção a essa camada da sociedade que, assim como qualquer outro cidadão, tem direitos!
Pedimos urgentemente que as Prefeituras forneçam kits com álcool gel e materiais básicos de higiene para destinação aos moradores de rua. E que abra espaços públicos que estão fechados para o acolhimento dos que dormem nas ruas, como centros esportivos, onde eles poderão ter acompanhamento de saúde e fornecimento de alimentação, e seja garantido acesso à água potável e higiene, conforme recomendou o Grupo de Trabalho em Prol das Pessoas em Situação de Rua da Defensoria Pública da União.
Acreditamos que a medida é essencial para evitar um surto ainda maior da pandemia nas cidades, além de ser uma obrigação do governo oferecer saúde e proteção a todo e qualquer cidadão, independente de quem seja.
Que o medo não afaste ninguém, especialmente neste momento em que os moradores de rua mais precisam de alguém que os olhe.