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Impactos da pandemia na índústria têxtil

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(Foto: Reprodução)


 
Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) com 225 empresários, para avaliar o impacto do coronavírus no setor, 97% deles já estão sentindo nos processos produtivos os impactos negativos da paralisação da economia provocada pela pandemia de coronavírus.
 
Dentre esses 97%, 88% deles tiveram cancelamento ou adiamento de pedidos por parte dos clientes por receio de queda em suas vendas; 66% estão experimentando problemas para o escoamento da produção e entrega dos produtos; e 41% estão com dificuldades para conseguir insumos. Além disso, entre os outros problemas indicados, 28% dos entrevistados já estão tendo que alterar os preços dos insumos de produção. 
 
Dos 3% que ainda não sentiram os efeitos da pandemia, 96% deles estimam que haverá algum impacto nos próximos meses.
 
O estudo também indicou que 98% das empresas tiveram alterações no número de pedidos como efeito da pandemia, com 23% delas observando uma redução de mais de 50%, e 15% observando uma redução entre 10% e 25%.
 
A Abit também identificou que 93% das empresas já tomaram medidas preventivas em relação aos seus colaboradores, sendo que 62% destas colocaram os colaboradores em férias coletivas, 34% recorreram ao banco de horas, e 30% ao teletrabalho sem anuência do sindicato da categoria. Já para 22% das empresas, foi necessário fazer demissões, e 5% reduziram a jornada de trabalho e os salários.
 
No final de março, para incentivar a compra dos insumos do setor produzidos no Brasil, a Abit lançou a campanha “Moda Brasileira - Tamo Junto”.  "É importante neste momento que todos os brasileiros se unam para preservar as empresas e os empregos das pessoas, para que a economia continue a girar", declarou Fernando Pimentel, presidente da Abit.