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Um projeto pioneiro em Sergipe deve revelar em 2020 a primeira equipe de remo formada por mulheres mastectomizadas. Mulheres que enfrentaram o diagnóstico de câncer de mama, cirurgias, quimioterapia e radioterapia enfrentam agora os desafios nas águas do rio Sergipe.
O 'Remomama' é resultado de um projeto de Práticas de Extensão na área de saúde, da Universidade Tiradentes, em Aracaju (SE). Para as estudantes do curso de Psicologia, Sara Barbosa da Silva Rocha, Arlete Francine Santos Menezes, Jéssica Emanuelly de Jesus Bezerra, Natália Santana Magalhães, Camila Beatriz Bloch e da aluna de Radiologia, Sara Barbosa Matheus bastava cumprir a carga horária de uma disciplina, mas elas foram além.
Com o desafio de trabalhar com mulheres que tiveram o corpo castigado pelo tratamento e muitos impedimentos quanto à atividade física, elas pesquisaram e descobriram que era possível. "O médico canadense Donald McKenzie, que é especialista em medicina esportiva, tem um estudo com mulheres que passaram pela cirurgia e tratamento de câncer de mama e que, contrariando a descrença de alguns, apresentaram efeitos muito positivos”, disse Sara Rocha que é praticante de remo.
Os primeiros meses de 2019 foram de aulas teóricas até que as mulheres experimentaram as primeiras remadas. O grupo foi conhecer o barco de competição em Paulo Afonso (BA), onde o equipamento é construído. Em setembro os treinos foram intensificados já com foco em competições. A primeira, planejada para o mês de março de 2020, será recreativa, mas elas querem mesmo é competir, seguindo exemplo de outras associações pelo Brasil.
“Nós temos metas. Vamos à Brasília em março de 2020, mas antes disso lançaremos o primeiro torneio Sergipe e Alagoas. Uma forma de preparar a equipe para competir. Pode escrever, o Mulheres de Peito será a primeira equipe de remo de mulheres mastectomizadas de Sergipe. Nova Zelândia nos aguarde”, revelou Sheyla Galba.