(Foto: Divulgação)
Referência literária no Brasil, o jornalista Xico Sá é presença confirmada e uma das atrações mais aguardadas no '36º Festival de Artes de São Cristóvão (FASC)', nesta sexta-feira, 15 de novembro, a partir das 15h, quando vai aterrissar no Salão de Literatura José Augusto Garcez, espaço fincado na Praça da Matriz. A participação do escritor será intermediada pela jornalista, Catarina Cristo, que receberá o público para esse bate-papo sobre literatura, cultura e outras temáticas.
Nascido no Crato, região do Cariri cearense, o escritor iniciou sua trajetória profissional no Recife, se tornando ao longo dos anos um dos maiores escritores da contemporaneidade. Ganhador de importantes prêmios do jornalismo, como “Esso”, “Folha”, “Abril” e “Comunique-se”, é atualmente colunista do jornal “El País/Brasil” e comentarista do programa "Redação” (Sportv).
Um dos principais cronistas brasileiros contemporâneos, ele é autor de: “A Pátria em Sandálias da Humildade” (editora Realejo), “Os machões dançaram - crônicas de amor & sexo em tempo de homens vacilões" (ed. Record), “O Livro das Mulheres Extraordinárias" (ed. Três Estrelas), "Big Jato” (ed.Companhia das Letras),“Modos de Macho & Modinhas de Fêmea” (ed. Record) e "Chabadabadá – o macho perdido e a fêmea que se acha" (ed. Record), “Sertão Japão” (Ed. Casa de Irene), entre outros livros.
Xico Sá ainda participa das antologias: “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras” (ed. Objetiva), “Boa Companhia - crônicas (ed. Companhia das Letras) e “Essa história está diferente” (Companhia das Letras), com recriações fictícias de canções de Chico Buarque. A seis mãos, com Maria Ribeiro e Gregório Duvivier, lançou em setembro deste ano, na Bienal do Livro do Rio, “Crônicas para ler em qualquer lugar” (editora Todavia).
Nesse bate-papo descontraído e informal, exclusivamente para o BACANUDO.COM, Xico Sá citou de forma descomplicada das coisas simples que aprecia no dia-a-dia, sempre preservando as suas raízes nordestinas. Aprecie!
*Meu livro - "Angústia", de 'Graciliano Ramos'.
*Meu filme - "Bacurau", dirigido por 'Kleber Mendonça Filho' e co-dirigido por 'Juliano Dornelles', pra citar o último que emocionou.
*Minha música - Qualquer uma na voz de 'Elza Soares'.
*Minha cidade - Recife.
*Minha cara - Uma mesa de bar na calçada.
*Minha bebida - Cerveja no calor, vinho no frio e uma cachacinha pra espalhar o sangue, sempre.
*Minha comida - Buchada de bode.
*Minha estação do ano - Inverno no sertão, a época de chuvas.
*Meu paraíso - Chapada do Araripe, Cariri, no Ceará.
*Minha fraqueza - Comprar livros, novos e usados.
*Meu pecado - O da gula.
*Meu vício - Twitter.
*Meu medo - Do país que minha filha Irene viverá no futuro.
*Minha flor - Muçambê.
*Meu esporte - Futebol.
*Meu lazer - Cinema e seriados da TV.
*Minha etiqueta - Esperar o relógio bater 11 horas para abrir os trabalhos da bebedeira no final de semana, é herança de família.
*Meu cheiro - De pequi no baião-de-dois, me leva de volta à infância.
*Meu ídolo - Doutor Sócrates.
*Meu sonho - Um país menos desigual, insisto e luto por isso.
*Minha inspiração - A poesia dos repentistas e o "ouro de tolo" do 'Raul Seixas'.
*Meu arrependimento - Ter largado as aulas de violão, ainda em Juazeiro, no Ceará
*Meu compositor - 'Belchior'.
*Meu restaurante - Dos izakaias (botecos japoneses) da Liberdade aos nordestinos da Barra Funda (SP).
*Minha paisagem - A bacia do Pìna, no Recife.
*Minha indiferença - Aos preconceituosos com o Nordeste.
*Meu exagero - Sou um cronista da hipérbole. Quando o tema é amor ou futebol, pense num homem exagerado!
*Minha impaciência - Com os preconceituosos no geral.
*Meu lugar no mundo - Um alpendre para ver o céu do sertão.
*Meu lugar na casa - A rede, onde estiver armada no momento.