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Cá Entre Nós - Chef Alex Sotero

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(Foto: Divulgação)


 
O chef Alex Sotero, 39 anos, foi um dos brilhantes participantes do reality show de gastronomia “Top Chef”, exibido recentemente pela Record TV. 
Participou da 10ª edição do projeto Dinner in The Sky, em São Paulo, onde no comando da cozinha chefs renomados se revezaram nas subidas e agradaram aos mais exigentes paladares, valorizando a culinária brasileira.  O evento gastronômico, que aconteceu no Morumbi com vista privilegiada para a Ponte Estaiada, um dos símbolos mais importantes da cidade, rolou até o último dia 30 de junho.
Apaixonado por comida criativa e de excelência, Alex Sotero é conhecido por somar métodos tecnológicos e físicos para o preparo de suas receitas sob um olhar contemporâneo, além de ser um dos únicos a usar o processo de sistematização na cozinha. Sempre com o foco em usar as leis básicas da física e da química no mundo dos aromas, sabores e texturas.
Sua relação com a gastronomia começou ainda cedo, aos 12 anos. Ele era escoteiro e, como seus colegas não gostavam de cozinhar, essa tarefa sobrava para ele. ”Fui pegando gosto pela coisa”. 
Com uma família dedicada à vida acadêmica, Sotero saiu do Rio para estudar Física na Universidade de São Paulo – USP, influenciado principalmente por seu avô. No meio do curso seu avô morreu o que foi decisivo para trocar de carreira.  “Não queria decepcioná-lo, ele havia me ensinado muita coisa e incentivava a carreira científica, mas ele se foi, e não me sentia mais no pique pra continuar o curso”, revela. 
Na altura do campeonato, ele já trabalhava de garçom em um restaurante, onde o chefe da casa era irmão de uma amiga da faculdade. Sua incursão para a cozinha ocorreu quando num dia atípico, três cozinheiros faltaram no mesmo dia.
Em suas experiências, foi o segundo cozinheiro de navio pela costa da Itália, e mais tarde cozinheiro técnico numa empresa de desenvolvimento de receitas, mas foi em 2005 que sua visão de cozinha mudou, quando entrou num programa de aprendiz do The Greenbrier Hotel, nos EUA.
Nesse Hotel aprendi a cozinhar, passei por todas as áreas da cozinha, e absorvi uma cultura de cozinha de competição, lá eles treinavam, praticavam e levavam muito a sério. Eu não gostava de competição, mas aprendi o verdadeiro valor desse tipo de evento, toda competição que eu entrava saia bem melhor do que entrei, melhorava as minhas técnicas, isso me motivou. Foram três anos de programa de estágio, e mais um de trabalho como tournant no restaurante Zaytinya, em Washington DC, EUA. 
Em 2009 voltou ao Brasil, trabalhou no Le Marais, e em 2010 foi cozinheiro no premiado Maní, restaurante de Helena Rizzo e Daniel Redondo, em São Paulo. Em 2011 foi chef de cozinha do bistrô e enoteca. 
“Voltei do Nordeste em 2012, queria um projeto em Sampa, e fui convidado a chefiar uma cozinha. O projeto era legal, mas o dono/gestor, não entendia nada do negócio. 
Foi quando conheci o chefe Checho Gonzales (Cevicheria Gonzales), na época ele estava iniciando o projeto ‘O mercado’, e me ofereceu um espaço no projeto. Juntei minhas economias e montei meu "Nero Food truck”. 
Alex Sotero, além de ser inquieto, é viciado em conhecimento, Já foi professor de gastronomia na Universidade Tiradentes (Unit), aqui em Aracaju e na FMU em São Paulo, mas não curtiu muito. “Eu gosto de ensinar! Na faculdade sempre tinha o grupinho que não queria aprender, e eu não sabia lidar com aquilo. Gastronomia é artesanato, você precisa gostar de fazer e treinar, só assim vai aprender a ser um bom cozinheiro”.
No último mês de maio, Alex Sotero - que já foi chef do restaurante Armazém Bacco, em Aracaju -, aterrissou aqui na cidade pilotando as caçarolas em torno de um festival gastronômico alusivo ao Dia das Mães, tendo como espaço o Bravo Cuisine, no bairro 13 de Julho.
Entrevistado pelo BACANUDO.COM, Alex Sotero citou algumas das suas predileções diárias. Leia!
 
*Meu livro - "Catch 22", de Joseph Heller.
*Meu filme - "2001 Uma Odisseia no Espaço", de Stanley Kubrick.  
*Minha música - "Devil's Dance Floor", do Flogging Molly.
*Minha cidade - São Paulo, na veia.
*Minha cara - Séria. 
*Minha bebida - Breja.
*Minha comida - Risoto.
*Minha estação do ano - O inverno. 
*Meu paraíso - Inverno em São Paulo com breja e risoto.
*Minha fraqueza - Doces.
*Meu pecado - Não existe pecado do lado de baixo do Equador. 
*Meu vício - Café. 
*Meu medo - De ficar sem café. 
*Minha flor - Capuchinha.
*Meu esporte - Ciclismo. 
*Meu lazer - Jardinagem.
*Minha etiqueta - Ser direto e reto.
*Meu cheiro - De alecrim.
*Meu ídolo - Alan Turing
*Meu sonho - Viajar muito.
*Minha inspiração - Carl Sagan.
*Meu arrependimento - Não ter ido morar em Tóquio quando era novo. 
*Meu compositor - Chico Buarque. 
*Meu restaurante - 'Maní', em Sampa.
*Minha paisagem - De montanhas.
*Minha indiferença - Para carros.
*Meu exagero - Plantas.
*Minha impaciência - Irrazoabilidade.
*Meu lugar no mundo - São dois: Moscou e Washington. 
*Meu lugar na casa - Na minha varanda.