(Reuters) - Em meio a um escândalo de coleta de dados pessoais, o Facebook anunciou planos para encerrar parcerias com várias grandes corretoras de dados que ajudam os anunciantes a atingir os usuários na rede social.
O grupo norte-americano, Facebook, está sendo acusado de negligência na proteção dos dados de seus usuários, após admitir que uma empresa de consultoria, a Cambridge Analytica, teve acesso aos dados 50 milhões de pessoas. Esta empresa em seguida trabalhou para 'Donald Trump' durante a campanha presidencial nos Estados Unidos em 2016.
O Facebook anunciou na quarta-feira, 28, que está tomando medidas para permitir que seus usuários controlem melhor o conteúdo de suas contas através de uma mudança nas configurações de privacidade.
Há anos, o Facebook tem permitido que anunciantes veiculem anúncios direcionados com a ajuda de dados coletados por empresas como Acxiom e Experian. "Embora essa seja uma prática comum no setor, acreditamos que essa iniciativa, que será implementada nos próximos seis meses, ajudará a preservar a privacidade dos usuários no Facebook", declarou Graham Mudd, diretor comercial do Facebook.
Em 25 de Maio, na Europa, deve entrar em vigor uma regulamentação que prevê a proteção de dados pessoais. Alguns parlamentares nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha exigem que Mark Zuckerberg, co-fundador e CEO do Facebook, explique pessoalmente o escândalo da coleta de dados.
O Congresso americano também quer ouvir os proprietários da Alphabet, empresa que detém o Google e o Twitter, sobre esse assunto. A Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos abriu uma investigação contra o Facebook.