A voz sergipana no The Voice Brasil 2017 Foto: Jandson Vieira
"Se o canto fizer bem pra minha alma, vai fazer também na de quem me ouve"
Só bastou a aparição dele soltando os trinados com propriedade musical, segurança, descontração e muita ginga, para todas as atenções se voltarem pra ele, sem falar da cobiça dos quatro técnicos experts em música: 'Ivete Sangalo', 'Lulu Santos', 'Carlinhos Brown' e 'Michel Teló', todos lutando entre si querendo atraí-lo para o time deles.
Lógico que estou falando de 'George Sants', a nova revelação da música em nosso Estado, e primeiro artista sergipano a furar o cerco e conquistar uma classificação na batalha musical do pra lá de concorrido programa "The Voice Brasil", da Rede Globo.
'George' tem 29 anos de idade e é natural da cidade de Boquim, onde desde a infância, ouvindo sua mãe cantar enquanto lavava as roupas dos outros quatro filhos, demonstrou especial afinidade com a música e se encantou totalmente por ela.
Ele começou a cantar na igreja ainda criança. Aos 16 anos ingressou no 'Grupo Vocal Sírius', conjunto de expressão no cenário da música gospel sergipana. Participou de alguns trabalhos como backing vocal em grandes eventos, teve aparição em programas de TV e Rádio, e também gravou CDs com músicos do seguimento gospel, o que gerou certa visibilidade e introduziu a participação dele em festas de casamentos, aniversários, entre outros eventos sociais.
Para ampliar o seu trabalho, formou a parceria "Sina Casamenteira", com foco na união de vários cantores e instrumentistas para apresentações diversas. Iniciou os curso de Administração, Letras Vernáculas e Ciências Atuariais, mas ainda não concluiu nenhum deles, pois, segundo ele: "A arte fala com mais força!".
Agora, neste ano de 2017, foi selecionado para participar do programa "The Voice Brasil", sendo o primeiro e único sergipano a representar o Estado na edição do programa veiculado pela 'vênus platinada'. Cantou, encantou, emocionou e seduziu os jurados, a ponto de todas as cadeiras se virarem para ele, quando escolheu 'Ivete Sangalo' como sua técnica.
O BACANUDO.COM, primeiro espaço que divulgou a apresentação de 'George Sants' no televisivo, atraindo assim toda a atenção dos sergipanos para frente da telinha, todos emanando boas energias ao candidato, sai mais uma vez na frente e bate um papo descontraído com o promissor artista, que sem dúvida alguma dará muito o que falar e se projetará nacionalmente, pois talento e determinação é o que não lhes falta. Acompanhe e permaneça na torcida!
BACANUDO - Quando percebeu o dom para a música?
GEORGE SANTS - Todas as manhãs, muito pequeno, quando eu acordava, gostava de ficar encostado na porta do quintal ouvindo minha mãe lavando roupa e cantando. Eu achava lindo! Ela me despertou pra esse lado da música. Quando comecei a frequentar os cultos da igreja foi que comecei a cantar de verdade.
BACANUDO - Quais foram os primeiros passos que você deu na carreira?
GS - Eu participei de gravações de alguns CDs de amigos fazendo backing vocal, depois ingressei no 'Grupo Vocal Sírius', gravei um CD com eles e me apresentava nas igrejas.
BACANUDO - Quem são os artistas que lhe influenciaram e servem de inspiração até hoje?
GS - Eu costumo dizer que eu gosto de música boa, não importa o seguimento ou o artista. Se a música me fala algo positivo, se a melodia mexe comigo, escuto. 'Leonardo Gonçalves', 'Tracy Chapman', 'Celine' sempre me inspiraram!
BACANUDO - Quais as dificuldades para se viver exclusivamente de música em Sergipe?
GS - Eu sempre tive empregos fixos e levava a música em segundo plano no quesito cantar como profissão. Então, eu não posso falar que experimentei grandes dificuldades. Só que a gente conhece algumas realidades. Quem se conforma não sai do lugar.
BACANUDO - O que você acha ser preciso para se tornar em um cantor de sucesso nacional?
GS - O segredo do sucesso universal, quando a gente quer ser real, é ter gente boa por perto, experimentar parcerias, firmar os pés no chão, não se deslumbrar, ser pro mundo o que a gente é na intimidade.
BACANUDO - Como é feita a escolha do seu repertório e o que gosta de interpretar?
GS - Gosto muito de fazer releituras de músicas de outras épocas e de cantar sobre temas positivos! A música, pra mim, tem função terapêutica! Na montagem do repertório eu tento mesclar o que as pessoas estão ouvindo com esses princípios aí. Se o canto fizer bem pra minha alma, vai fazer também na de quem me ouve.
BACANUDO - É mais difícil cantar em português ou em língua estrangeira?
GS - No programa, participante e produção escolhem as músicas que melhor se encaixam com o nosso jeito de cantar. Cantar em língua estrangeira é mais complicado por causa da falta, talvez, de convivência com determinada língua, mas não deixa de ser um ótimo exercício de memória musical.
BACANUDO - Como surgiu a ideia de participar do "The Voice Brasil"?
GS - Surgiu em casa, de pijama, sentado no sofá! Fui ver o que aconteceria se eu mandasse um vídeo e deu no que deu!
BACANUDO - Você se deparou com algum obstáculo? Se aconteceu, qual foi?
GS - A gente sempre tem pedras no caminho, mas eu não posso reclamar. Obstáculos tornam a gente mais forte!
BACANUDO - O que muda daqui pra frente para 'George Sants' a partir dessa classificação no icônico programa?
GS - Na minha essência, nada. Na minha mente, ganha proporção a vontade de estudar e me dedicar cada vez mais à música.