Com a Terra girando em seu próprio eixo a uma velocidade maior que o normal, esta quarta-feira, 9 de julho, será o dia mais curto do ano, com 1,30 milissegundo a menos.
O fenômeno não é raro e deve se repetir em 22 de julho e 5 de agosto, com 1,38 milissegundo e 1,51 milissegundo a menos, respectivamente.
O recorde de dia mais curto já registrado é de 9 de junho de 2022, com 1,59 milissegundos a menos que o normal.
Não há explicação científica para isso. Segundo cientistas, variações na rotação são comuns e não representam motivo de preocupação. Especialistas ouvidos pela reportagem explicam que em escalas temporais de décadas (entre 10 e cem anos), a duração dos dias tem algumas variações irregulares.
— A gente sabe que, de modo geral, a Terra vem desacelerando sua rotação desde a sua formação. Bilhões de anos atrás, por exemplo, um dia durava cerca de cinco horas, bem diferente das 24 horas que dura atualmente. No entanto, essa desaceleração não é completamente regular, e eventualmente, ocorrem pequenas acelerações momentâneas, que é o que a gente está vendo nesse momento — explica Fernando Roig, diretor do Observatório Nacional.
Os cientistas concordam que essas mudanças são causadas pela interação de fatores como a atividade do núcleo fundido do planeta e o movimento dos oceanos e da atmosfera. Mas, não sabem exatamente o motivo pelo qual elas acontecem.
(Fonte: GZH)