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Quais os riscos da variante detectada na África do Sul?

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(imagem: © Shutterstock)


 
Uma nova variante do novo coronavírus, detectada na África do Sul, já atravessou fronteiras - Reino Unido, Áustria, Noruega e Japão já encontraram casos, por exemplo. Os especialistas procuram, com urgência, entender o risco que esta variante representa. A BBC fez um balanço do que se sabe até ao momento.
 
Qual é a nova variante?
 
Todos os vírus sofrem mutações e o SARS-CoV-2, responsável pela doença Covid-19, não é exceção. Segundo a emissora britânica, essas mudanças genéticas acontecem à medida que o vírus faz novas cópias de si mesmo para se espalhar e prosperar.
 
A maioria é irrelevante, mas algumas podem torná-lo mais infeccioso ou ameaçador para o hospedeiro.
 
O que dizem os especialistas?
 
A variante sul-africana chamada 501.V2 carrega a mutação E484K, entre outras. É diferente da variante descoberta recentemente no Reino Unido, ainda que ambas pareçam ser mais contagiosas, o que é um problema porque restrições mais duras à sociedade podem ser necessárias para controlar a disseminação.
 
Embora as mudanças na nova variante do Reino Unido não devam prejudicar a eficácia das vacinas atuais, há uma chance de que as da variante sul-africana o façam até certo ponto, dizem os cientistas.
 
É muito cedo para dizer com certeza, até que mais testes sejam concluídos, embora seja extremamente improvável que as mutações tornem as vacinas inúteis.
 
A proteína spike é o que o coronavírus usa para entrar nas células humanas. É também a parte em que as vacinas são projetadas, razão pela qual os especialistas estão preocupados com essas mutações específicas. 
 
O professor Francois Balloux, da University College London, disse: "A mutação E484K demonstrou reduzir o reconhecimento de anticorpos. Como tal, ajuda o vírus SARS-CoV-2 a contornar a proteção imunológica fornecida por infeção ou vacinação anterior".